sábado, 19 de setembro de 2009

Twitter


Tentei lutar contra a tecnologia, mas, se eu já tenho um blog, três na verdade, por que não aderir ao twitter?
Fica mais fácil para publicar os procedimentos e acontecimentos do dia...
Acompanhem no twitter: http://twitter.com/diariovet
Essa ferramenta não tem como objetivo compartilhar protocolo ou doses, bem como informações confidenciais sobre os pacientes, somente os casos e procedimentos de forma geral.



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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Nove de Setembro


No dia 9 de setembro é comemorado o dia do médico veterinário. As primeiras escolas de veterinária brasileiras surgiram em 1910, mas somente no dia 9 de setembro de 1933 o então presidente Getúlio Vargas autorizou a atuação e ensino da medicina veterinária.
Eu quero aproveitar esse espaço cedido por mim... ehehe, para homenagear todos os meus colegas. Seja em que área for, o médico veterinário é um artista... pois ele é capaz de...
.... aprovar para o consumo de várias pessoas o alimento de origem animal que chega às mesas
.... executar os resultados das milhares de pesquisas já feitas por outros colegas dentro de uma só fazenda
.... decorar nome, dose, princípio ativo, preço, via de administração de dezenas de medicamentos, e achar que não sabe quase nada
.... calçar uma bota sete léguas, um macacão e ir para o campo às 5 horas da manhã, fiscalizar uma ordenha, examinar um lote a ser abatido ou somente levantar um animal no pasto
.... competir com várias outras profissões para manter suas atribuições em controle de qualidade de alimentos, e receber muito mal por isso
.... garrotear e cateterizar uma veia
de um pinscher completamente estressado, somente com a ajuda do proprietário aos prantos
.... ouvir desaforos por causa dos preços cobrados, por causa do cachorro que morreu depois de tirar noites de sono, por causa da ausência do diagnóstico do animal cujo proprietário não quis pagar por exames
.... receber prosposta de assinatura para Responsabilidade Técnica de R$100,00 ao mês, sendo que o pagamento deve ser acima de 1,2 salário mínimo
.... chegar em casa cansado de tudo isso, e mesmo cheio de calote, de trabalho, de aborrecimento...

O médico veterinário ainda é capaz de fazer tudo isso sorrindo e ser apaixonado pela profissão PARABÉNS A TODOS OS MEUS COLEGAS


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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cirque du Soleil


Nesse domingo eu trabalhei. Por volta das 18:00 h eu recebi uma ligação de um cliente para atender um gato "entupido".
"Doutora, meu gato tem uma crise de miados. Ele mia, mia, mia, vomita e não faz xixi, eu acho que é verme, viu, a senhora atende?"
Após examinar o animal, eu pude palpar a bexiga bem distendida e uma leve desidratação. Apesar de estar há uma semana com obstrução parcial da uretra, o animal estava alerta. Coletei sangue para análise. Expliquei para a proprietária sobre a Doença do Trato Urinário Inferior do Felino. (FLUTD - Feline Lower Urinary Tract Disease) - leia mais - e em seguida ela me pergunta:
Sim, doutora, mas e os vermes?
- Senhora, os vermes são o menor problema do seu gato agora.
Depois de liberada, fui estabelecer a terapia no gato.
Ele foi sedado e anestesiado com um protocolo de 15 minutos, e anestesia local para fixação da sonda. Com pouca dificuldade foi sondado, realizei uma lagavem na bexiga e fixação da sonda.
Depois ele foi mantido na fluidoterapia para reestabelecimento da hidratação, e fomos para a minha casa.
Em casa eu forrei um colchãozinho dentro do box do banheiro de visitas (o Beto ainda me larga desse jeito) e durante toda a noite ele ficou no soro. No outro dia ele já estava bem mais animado, bebeu água e olhou desconfiado para a ração terapêutica. Já sem precisar de soroterapia eu coloquei o colar elizabetano nele e fechei a porta do box, deixando que ele repousasse.

Depois de cerca de duas horas ele começou a miar, eu fui então avaliar meu paciente e, quando abri a porta, pude ver realmente o que estava acontecendo. O gato dava saltos mortais, miava e fazia "PFFFFFFFFFFF"... eu fechei a porta atrás de mim e subi no vaso sanitário. Foram uns 10 minutos até ele tirar sozinho o colar elizabetano, e se acalmar, e uns 20 minutos até eu parar de gritar o Beto, me acalmar também e descer do vaso.
Eu e o gato fizemos então um acordo: eu não colocava novamente o colar elizabetano e ele não faria mais uma apresentação digna de Cirque du Soleil dentro do meu banheiro.
Hoje ele foi liberado, sem colar, sem mexer na sonda, bebendo água e comendo, calmo e urinando... feliz!

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Minha Ilhéusss


Dessa vez eu não fiquei deprimida por voltar se São Paulo. A cidade é fantástica, mas a vida não é fácil. "To make the ends meet"...

São Paulo não piorou, Ilhéus não melhorou... eu acho que eu sosseguei.


Voltei sim mais empolgada com a clínica, compramos um eletrocardiograma, uma balança de plataforma, um estetoscópio Littmann, e várias coisinhas...

E por falar em balança, por um lado eu posso fazer muitos cursos em São Paulo, executar vários projetos, receber bem por isso... por outro lado em Ilhéus eu posso acordar 30 minutos antes de trabalhar, em cinco minutos chego no trabalho, vou atender de madrugada traqüila... não recebo muito bem, mas vivo com mais paz.

Agora o programa de pós graduação da universidade que eu estudo vai ter implantação do doutorado... acho que vou sossegar por aqui mesmo.

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